Texto de 2013. Atualizado em outubro de 2025.
O material rodante da antiga E. F. Oeste de Minas e suas sucessoras, juntamente com algumas peças da Rede de Viação Sul-Mineira, talvez uma das maiores riquezas do museu, e que apresenta maior dificuldade na preservação, pela elevada especialização exigida, é o conjunto que mais sofre com a ausência de competência técnica específica por parte da instituição responsável por sua proteção e fiscalização, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Esses são bens vitimados pelo excesso de pragmatismo em sua manutenção por parte da usuária precária, a Ferrovia Centro-Atlântica S.A., atualmente operada pela VLI-Multimodal S.A.
O acervo preservado no Complexo Ferroviário de São João del-Rei (CFSJDR) conta com quinze (15) locomotivas a vapor em bitola de 762 mm (0,76m), das quais cinco (5) foram entregues pela RFFSA para utilização nos trens de fim de semana, as de nºs 21, 41, 42, 60 e 68; das outras dez (10) restantes, as de nºs 1, 22, 37, 38, 40, 43, 55, 62 e 69 foram entregues operacionais, no entanto, deixadas apenas em exposição no Módulos I do museu (antigo Armazém de cargas) e na Rotunda – reconstruída em 1984 para ampliação do museu e definida como módulo II de exposição permanente ou V do conjunto de imóveis do complexo); a de nº 58, já desativada, mas em condições favoráveis para o devido restauro, foi esquecida, o que não impede que seja recuperada, devido ao fato de que locomotivas a vapor que tenham sua caldeira em condições de restauro podem voltar a operar, trabalho que tem sido realizado com sucesso por entidades de preservação ferroviária ao redor do mundo e no Brasil. Todas as locomotivas desta bitola, devido a estarem paradas por décadas, carecem de teste hidrostático e troca de tubos para verificação das condições das caldeiras.
No início da década de 1990, a locomotiva nº 22 foi retirada da rotunda para operar, enquanto a de nº 68 ocupou seu lugar na exposição permanente. Já em 1998, essa última voltou ao tráfego.
Verificamos, ainda, que três locomotivas desta bitola foram levadas para fora do sítio de origem, estando a de nº 19 em Curitiba, exposta no Shopping Estação; a de nº 20 em Belo Horizonte, exposta ao ar livre na antiga sede da SR-2 da RFFSA (Rua Sapucaí) e a de nº 66, exposta como monumento no simbólico “marco zero” da E. F. Oeste de Minas, processo não recomendável devido ao risco de destruição pública. Seria de grande interesse que voltassem a integrar o acervo original no “Centro de Preservação da História Ferroviária de Minas Gerais”, sítio objeto deste documento.
Todas são de fabricação norte-americana, pela Baldwin Locomotive Works, exceto a de nº 66 que é composta pela caldeira da nº 66 original e da mecânica da antiga nº 67, esta construída nas oficinas de São João del-Rei por volta de 1920.
| E. F. O. M. | RMV/RFFSA | - | - | - | - | - | |
| 1º Num | 2º Num | Num. def. | Fabric. | Ano.mês | Nº Placa | Rodagem | localização atual |
| 1 | 1 | 1 | BLW | 1880.abr | 5055 | 4 4 0 | Museu Módulo I |
| 16 | 216 | 66 | BLW | 1889.dez | 10505 | 2 8 0 | Antônio Carlos, MG - praça |
| 26 | 205 | 55? | BLW | 1892.set | 12934 | 2 8 0 | Museu Módulo II |
| 29 | 208 | 58 | BLW | 1893.nov | 13829 | 2 8 0 | Semi-sucateada- Carpintaria |
| 31 | 212 | 62 | BLW | 1893.nov | 13831 | 2 8 0 | Museu Módulo II |
| 32 | 210 | 60 | BLW | 1893.nov | 13832 | 2 8 0 | Pátio - Inativa |
| 33 | 217 | 69 | BLW | 1894.out | 14134 | 2 8 0 | Museu Módulo II |
| 22 | 19 | 19/22* | BLW | 1908.jul | 32878 | 4 4 0 | Parada nas oficinas |
| 39 | 107 | 37 | BLW | 1911.out | 37082 | 4 6 0 | Museu Módulo II |
| 40 | 108 | 38 | BLW | 1911.out | 37083 | 4 6 0 | Museu Módulo II |
| 42 | 110 | 40 | BLW | 1912.jul | 38010 | 4 6 0 | Museu Módulo II |
| 43 | 111 | 41 | BLW | 1912.jul | 38011 | 4 6 0 | Em operação |
| 44 | 112 | 42 | BLW | 1912.jul | 38050 | 4 6 0 | Parada nas oficinas |
| 45 | 113 | 43 | BLW | 1912.jul | 38051 | 4 6 0 | Museu Módulo II |
| 46 | 20 | 20 | BLW | 1912.jul | 38007 | 4 4 0 | Belo Horizonte – Prédio SR-2 |
| 47 | 21 | 21 | BLW | 1912.jul | 38008 | 4 4 0 | Pátio - Inativa |
| 48 | 22 | 22/19* | BLW | 1912.jul | 38009 | 4 4 0 | Curitiba, PR – Shopping Estação |
| 56 | 221 | 68 | BLW | 1919.set | 52256 | 2 8 0 | Em operação |
Legenda:
§ 2º – Denominam-se carros os vehiculos destinados ao transporte de passageiros, conductores de trens, correio e bagagem e aos serviços da Administração, de socorro, de alojamento do pessoal e restaurante. São classificados: Séries A – Administração; B – 1ª classe para passageiros; C – 2ª classe para passageiros; D – Dormitório; E – Mixto (1ª e 2ª classe); F – Conductor de trem, correio e bagagem; G – Restaurante; H – Bagagem e animaes; I – Salão; J – Transporte de cadáveres; R – Socorro e alojamento do pessoal.
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| Arrolamento de carros e vagões em recorte da lista disponibilizada pela RFFSA em Liquidação, via Escritório Regional de Belo Horizonte (ERBEL). Fonte: RFFSA. Carta nº 067/ERBEL/2003, 5 fev. 2003. |
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| Arrolamento de carros e vagões em recorte da lista disponibilizada pela Inventariança da RFFSA, via Unidade Regional de Belo Horizonte (URBEL). Fonte: Inventariança da RFFSA. Ofício nº 079/INV/RFFSA/URBEL/2015, 18 fev. 2015. IPHAN-SEI. Processo 01514.001590/2023-65, Doc-SEI 6698667. |
Além das, acima citadas, locomotivas de bitola de 762 mm, próprias da malha a qual pertenceu o CFSJDR, ainda foram enviadas para o sítio, no intuito de preservação e exposição no museu, entre 1984 e 1986, quatro locomotivas em bitola métrica (1.000 mm) e uma em bitola de 600 mm. Das locomotivas de bitola métrica, duas são a vapor, originárias da E. F. Oeste de Minas, as de nºs 220 e 239 (originalmente EFOM nº 34, de 1912, BLW 38015, e EFOM nº 134, de 1920, serial 54061, respectivamente); uma a vapor originária da Rede de Viação Sul-Mineira (RVSM), onde era matriculada como 266, serial 8523, fabricada na Alemanha pela Berliner Maschinenbau-Actien-Gesellschaft vormals L. Schwartzkopff; por fim, uma locomotiva elétrica de corrente contínua de 3000 volts, 900hp de potência, fabricada na Inglaterra pela Metropolitan Vickers em parceria com a Beyer Peacock, para a Rede Mineira de Viação, em 1951.
A locomotiva em bitola de 600 mm é originária da Alemanha, fabricada por Henschell & Sohn/Orenstein & Kopell, tendo sido utilizada em minas, pertencentes à E. F. Central do Brasil, dotada de um raro sistema de articulação denominado Klien Lindner.
O tipo mais conhecido de locomotiva a utilizar esse sistema de eixos, sem dúvida, foram essas 0-8-0T de bitola 600 mm "Brigadelok" (locomotivas de brigada) fabricadas para o exército alemão entre 1905 e 1919. Foram mais de 2.800 construídas por catorze fabricantes diferentes, entre essas as mencionadas Henschel & Sohn e a Orenstein & Koppell.
Com o término da Primeira Guerra Mundial, a maioria dessas locomotivas foi distribuída entre países que formaram a Aliança contra o Eixo. No brasil, essas foram recebidas pelo Exército e pela Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB). Portanto, esse conjunto de locomotivas foi recebida pelo Brasil como espólio da Segunda Guerra Mundial.[1]
Em referência ao material rodante rebocado (não dotado de força motriz própria), a lista é enriquecida por vários tipos, entre vagões, carros, guindastes, autos de linha, trolleys e vagonetes, também nas três bitolas.
São dezessete (17) carros de passageiros de bitola de 762 mm disponíveis para a operação normal (veículos em tráfego) deixados pela RFFSA, dentre os quais, oito (8) de primeira classe (1ª classe), matrículas B1, B2, B3, B-5, B-8, B-11, B-13 e B-14; seis (6) de segunda classe (2ª classe), matrículas C-1, C-9, C-10, C-13, C-16 e C-17; dois (2) mistos (1ª e 2ª classes), matrículas E-4 e E-7 e um (1) Bagagem, Correios e Chefe de Trem, matrícula F-9 (originalmente, F-8). Todos esses carros são construídos em madeira (de preferência, peroba do campo), com estrutura também em madeira, de variada procedência, entre importados construídos pela Harlan & Hollingsworth Corporation (já como propriedade da Bethlehem Shipbuilding Corporation e denominada Harlan Plant), e nacionais construídos pelas Companhia Edificadora da Quinta do Caju e Trajano de Medeiros & Cia - ambas do Rio de Janeiro - ou nas próprias oficinas da E. F. Oeste de Minas e Rede Mineira de Viação em Lavras, MG, a partir de 1920. Observação: os truques dos carros construídos pela Companhia Edificadora são importados da Harlan & Hollingsworth em atendimento a edital da autarquia federal Estrada de Ferro Oeste de Minas, conforme verificável em cada carro e informado em notícia da revista Brazil Ferro Carril, edição nº 50, Ano IV, de 31 de julho de 1913, à página 332.
A partir de 2004, percebemos várias irregularidades referentes aos carros preservados. Dois deles tiveram o banheiro removido e todos tiveram as peças dos banheiros removidas, além da troca dos vidros das janelas por acrílico, somado à remoção das venezianas, o que implica a descaracterização dos bens preservados como peças vivas de um museu dinâmico. Da mesma forma, percebemos que as matrículas dos carros, na ocasião, não conferiam com a lista incluída no processo de tombamento do IPHAN (1.185-T-85) e em listas posteriores de controle de patrimônio da RFFSA em liquidação e sua sucessora imediata, a Inventariança da RFFSA, através respectivamente, do Escritório Regional de Belo Horizonte (ERBEL) e da Unidade Regional de Belo Horizonte (URBEL). As matrículas B-1 e B-11, originalmente de carros fabricados por Trajano de Medeiros & Cia., de 1ª classe, desapareceram; o primeiro foi convertido pela usuária precária do sítio, FCA S.A., em 2ª classe e recebeu a matrícula C-17. O carro C-17, por sua vez, recebeu a matrícula C-15, que pertencia a um carro não mais existente no período de paralização do tráfego e processo de tombamento.
Ao verificar essas ações, concluímos que muito do que a empresa FCA S.A. realizou sob o nome de “reforma” foi extremamente danoso aos níveis de preservação que um museu desse porte deve seguir, tendo lançado mão de um pragmatismo danoso e, por vezes, caracterizado por evidente má-fé, com propósitos opostos ao valor cultural dos bens pelos quais tornou-se responsável (ver texto da Profª Drª Beatriz Mugayar Kühl e a Carta de Nizhny Tagil sobre o Patrimônio Industrial).
As matrículas dos carros do acervo do museu de São João del-Rei obedecem aos códigos criados para a Rede Mineira de Viação, encontrados nas Instruções para o Serviço do Movimento de 1939:
Além dos carros citados acima, ainda encontram-se preservados, alguns como peças de exposição nos módulos do museu e outros em situação mais precária, em lugares diferentes do sítio, como o pátio das oficinas e a carpintaria.
Os próximos veículos são divididos entre carros, vagões e outros. Listaremos de acordo com o local/módulo onde se encontravam na ocasião do levantamento do período 1985-89:
Módulos do Museu (interior, plataforma e rotunda): A-3, A-6, A-7 (Administração/Especiais); F-7 (Correio, Bagagens e Chefe do Trem); KB-2, KC-3 (vagões gaiola para transporte de gado); MC-61 (vagão gôndola de bordas altas de madeira); MD-14 (vagão gôndola de aço); PB-11 (vagão plataforma/prancha de borda baixa); QB-18 (vagão plataforma/prancha); TB-4 (vagão tanque para inflamáveis); TD-3 (vagão fechado de aço); VB-28 (vagão fechado de madeira).
Carpintaria: A-5 (carro especial dormitório); RB-11 (carro dormitório do Socorro const. RMV-Lavras).
Pátio (principal e das oficinas): H-4 (vagão fechado misto – bagagem e animais); KC-7 (vagão gaiola); RA-6 (carro/vagão fechado do Socorro/Alojamento); RB-17 (vagão cozinha do Socorro/Alojamento); YB-1 e YB-2 [listado como YC-1 c.1997)(vagões tanque de óleo BPF); VB-54 (vagão fechado de madeira); QB-x (vagão plataforma metálico de matrícula não especificada); RB-15[2] (carro do Socorro/Alojamento, ex-Correio, Bagagens e Chefe do Trem - demolido c. 2010); RB-16 (vagão fechado de aço rebitado do Socorro); TD-12 (vagão fechado de aço originário da EFL - FA-1080); TD-15 (vagão fechado de aço originário da EFL); MC-85 (vagão gôndola de bordas altas de madeira); MC-2 (vagão gôndola de madeira) MD-1, MD-2, MD-12 e MD-13 (vagões gôndola de aço); PA-5 e PB-2 (vagões prancha de borda baixa). Todos esses necessitam, urgentemente, de trabalhos de restauro, principalmente no tocante às partes articuladas e de fricção (leia-se dobradiças, eixos e tirantes gerais).
Estação: B-1 (carro 1ª classe fab. Trajano de Medeiros); B-2 (carro 1ª classe fab. Companhia Edificadora); B-3 (carro 1ª classe const. RMV-Lavras); B-5 (carro 1ª classe fab. Trajano de Medeiros); B-8 (carro 1ª classe const. RMV-Lavras); B-11 (carro 1ª classe fab. Trajano de Medeiros); B-13 (carro 1ª classe const. RMV-Lavras); B-14 (carro 1ª classe - possivelmente fab. Companhia Edificadora - um dos mais alterados); C-1 (carro de 2ª classe const. EFOM-Lavras); C-9 (carro 2ª classe const. EFOM-Lavras); C-10 (carro de 2ª classe fab. Companhia Edificadora); C-13 (carro de 2ª classe const. EFOM-Lavras); C-16 (carro de 2ª classe const. EFOM-Lavras); C-17 (carro 2ª classe fab. Trajano de Medeiros); E-4 e E-7 (carros mistos - 1ª e 2ª classes - const. EFOM-Lavras); F-9 (carro correios, bagagem e chefe do trem const. EFOM-Lavras - originalmente F-8 - o F-9 era de fab. Trajano de Medeiros), G-1 (pseudo-restaurante - originalmente C-8, carro de 2ª classe const. EFOM-Lavras).
Casos especiais são os cinco carros de madeira de bitola métrica, que, da mesma maneira que todos os outros bens não originários da malha em bitola de 762 mm, foram alocados no CFSJDR, para evitar seu desaparecimento. São eles: o carro PL-101, fabricado pela American Car & Foundry, EUA, em 1929, para a Rede de Viação Sul Mineira, e o carro FNB-644417-2E (único que traz a matrícula SIGO), de fabricação desconhecida e origem ignorada (carece de acesso para a devida análise), exemplares raríssimos e preservados em condições precárias, guardados na carpintaria; o carro O-151, administração, luxuoso, exposto no Módulo I, e o carro Z-10, fúnebre, exposto na rotunda, ambos construídos nas oficinas de Cruzeiro, SP, pela própria Rede de Viação Sul-Mineira, e o carro O-104, de fabricação desconhecida (supostamente em oficina da EFCB), originário da E. F. Central do Brasil.
Os veículos de matrícula desconhecida podem tê-las reveladas se nos for permitido analisar cada veículo com cuidado. O material rodante costuma trazer o registro da matrícula em locais estratégicos para facilitar o registro das oficinas).
Existem, ainda, os veículos de serviço de outras categorias, como os guindastes. No museu há três unidades, uma em bitola de 762 mm e duas em bitola métrica. O de bitola de 762 mm foi construído para a E. F. Oeste de Minas pela Lancaster Carriage & Wagon Co., Inglaterra, em 1880, encontra-se exposto na estação, e dois guindastes de bitola métrica provenientes da E. F. Central do Brasil, um deles adaptado para a bitola de 762 mm e outro trazido para ser restaurado e integrar o museu – fato que nunca ocorreu e o bem encontra-se abandonada no pátio das oficinas –, ambos fabricados nos EUA pela Industrial Brownhoist.
MATERIAL RODANTE PRESERVADO
CARROS DE ADMINISTRAÇÃO/ESPECIAIS
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| Carro A-5. Especial Dormitório. Fabricantes possíveis: Lancaster Carriage and Wagon Works, Inglaterra, ou Harlan & Hollingsworth, EUA. Fotos: Hugo Caramuru, 1998 (alto); João Marcos "Jones", 2012. |
| Carro B-1. Fabricado por Trajano de Medeiros & Cia., RJ. Fotos: Hugo Caramuru, 1998 (alto); C. Schoff, 1999. |
| Carro B-2 (abaixo). Possivelmente fabricado por Companhia Edificadora da Quinta do Caju entre 1913 e 1914. Fotos: Herbert Graff, 1979 (alto); Jonas Martins, 2005. |
| Carro B-3. Construído nas oficinas de Lavras da R.M.V. Fotos: Slide à venda no Ebay (alto); Acervo NEOM-ABPF. |
| Carro B-5. Fabricado por Trajano de Medeiros & Cia., RJ. Fotos: Herbert Graff, 1979 (alto); Hugo caramuru, 1999. |
| Carro B-8. Construído nas oficinas de Lavras da R.M.V. Foto: Walter Serralheiro, 1979. |
| Carro B-11. Fabricado por Trajano de Medeiros & Cia., RJ. Fotos: Walter Serralheiro, 1979 (alto); Paul Waters, 1983 (centro); Hugo Caramuru, 1998 (penúltima); Welber Santos, 2004. |
| Carro B-13. Construído nas oficinas de Lavras da R. M. V.. Fotos: Hugo Caramuru, 1998 (alto); Welber Santos, 2023. Por razões obscuras, a FCA/VLI decidiu trocar a matrícula por B-14. |
Carro B-14. Possivelmente fabricado por Companhia Edificadora da Quinta do Caju entre 1913 e 1914. Fotos: James Waite, 1977 (alto); Welber Santos, 2023. Por razões obscuras, a FCA/VLI decidiu trocar a matrícula por B-13.CARROS DE SEGUNDA CLASSE
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| Carro C-10. Fabricado por Companhia Edificadora da Quinta do Caju. Fotos: Herbert Graff, 1979 (alto); João Marcos "Jones", 2025 (centro); Thiago Emanuel, 2025. Na foto do centro, notar a placa de soleira em estilo art nouveau típica da C.E. |
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Carro C-13. (Re?)construído nas oficinas de Lavras da E. F. Oeste de Minas. Fotos: Acervo de Hugo Caramuru (alto), 1982, e autoria idem, 1998 (centro e inferior).![]() |
| Carro C-17 (o verdadeiro - atual C-15). Fabricado por Trajano de Medeiros & Cia. Fotos: Hugo Caramuru, 1998, 1998 e 2004, respectivamente. Atualmente, a matrícula desse carro é C-15. |
CARROS MISTOS
Carro E-4. Construído nas oficinas de Lavras da E. F. Oeste de Minas. Foto: Jonas Martins, 2004. |
| Carro E-7. Construído nas oficinas de Lavras da E. F. Oeste de Minas. Foto: Jonas Martins, 2004. |
CARROS CORREIOS, BAGAGEM E CHEFE DO TREM
| Carro F-7. Construído nas oficinas de Lavras da E. F. Oeste de Minas. Fotos: Hugo Caramuru, 1998 (alto); Welber Santos, 2022 (centro e inferior). |
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| Carro F-9, originalmente F-8. Construído nas oficinas de Lavras da E. F. Oeste de Minas. Foto: Acervo NEOM-ABPF, 1980. |
CARROS/VAGÕES DO SOCORRO
Carro RA-6, antigo F. Fabricado por Lancaster Carriage & Wagon Co. Originalmente, um carro correios, bagagem e chefe do trem, passou ao serviço do Socorro/Alojamento. Um dos itens de material rodante mais antigos ainda existenes no CFSJDR. Fotos: PRESERVE/Acervo NEOM-ABPF (alto); Bruno Campos, 2011. Tende ao mesmo fim do carro RB-15. Notar, na imagem do alto, a presença de Maria Elisa Carrazzoni (PRESERVE) acompanhada do maquinista Claudemiro Oliveira. |
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| Carro RB-11, antigo D. Construído nas oficinas de Lavras da R.M.V. Fotos: Bruno Campos, 2006 (alto); João Marcos "Jones", 2011. Antigo carro dormitório (série D) para passageiros convertido em dormitório do Socorro/Alojamento. |
Ao contrário do que o laudo do Sr. Olinto Rodrigues afirma (Laudo de Vistoria nº 10/16-EAI IPHAN/MG, de 27/10/2016), os carros RB-11 e B-11 são veículos completamente diferentes. Tal contrassenso pode ser conhecido na publicação intitulada Os carros da Estrada de Ferro Oeste de Minas que sumiram, neste blog.
| Carro RB-15, antigo F-15. Fabricado pela Companhia Edificadora da Quinta do Caju em 1914. Fotos: Bruno Campos, 2006 (alto); Jonas Augusto, 2011. Uma publicação mais precisa sobre o destino do carro RB-15 pode ser visto na publicação deste blog intitulada Como construir ruínas: o caso do carro RB-15. |
Vagão fechado do Socorro RB-16. Vagão de ferro de fabricação possivelmente nacional. Foto: Hugo Caramuru, 1998.
VAGÕES |
| Vagão fechado de madeira VB-28. Vagão fechado de fabricação nacional. Foto: Acervo Paul Waters, 1999. |
| Vagão fechado de madeira VB-54. Idem. Foto: Bruno Campos, 2011. |
| Vagão fechado misto bagagem/animais H-4. Modelo raro para bagagens e animais, de fabricação nacional. |
| Vagão fechado misto bagagem/animais H-4. Modelo raro para bagagens e animais, de fabricação nacional. Fotos: Jonas Martins, 2008; Bruno Campos, 2011. |
| Vagão fechado de aço TD-3. Fabricado pela Companhia Brasileira de Material Ferroviário S.A. (Cobrasma), São Paulo. Único modelo a utilizar truques do tipo ride control e parte mais "moderna" da frota em bitola de 762 mm. Foto: Jonas Augusto. |
| Vagão fechado de aço TD-15. Originário da E. F. Leopoldina, convertido em bitola de 762 mm pela RFFSA para ampliar os serviços na SR-2, fabricado, possivelmente, por Birmingham Railway Carriage & Wagon Co., Metropolitan Carriage & Wagon ou Gregg Car Co. Ltd. (sugestão de Nicholas Burman). Foto: Hugo Caramuru, 1998. |
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| Vagão gaiola de ferro KC-3. Fabricação não verificada. Foto: Hugo Caramuru, 1998. |
| Gaiola de aço KC-7. Fabricação não verificada. Foto: Hugo Caramuru, 1998. |
| Vagão fechado com teto curvado "tatu" TB-4. Fabricação nacional. Foto: Jonas Martins, 2008. |
| Vagão gôndola MC-61. Fabricada por Trajano de Medeiros & Cia. Foto: Hugo Caramuru, 1998. |
Vagão gôndola MC-85. Fabricada por Trajano de Medeiros & Cia. Foto: Bruno Campos, 2011. |
| Vagão gôndola MD-12. Fabricado por Fábrica Nacional de Vagões (FNV). Foto: Slide à venda no eBay. |
| Vagão gôndola MD-14. Fabricado por Fábrica Nacional de Vagões (FNV). Foto: Hugo Caramuru, 1998. |
| Vagão plataforma/prancha de borda baixa PB-11 (acima). Originário da E. F. Leopoldina. Foto: Hugo Caramuru. |
| Vagão plataforma/prancha QB-18. De origem desconhecida, acompanha guindaste. Foto: Jonas Augusto, 2008. |
| Vagão tanque para óleo BPF YB-1. Fabricação nacional. Foto: Cid J. Beraldo. |
| Vagão tanque para óleo BPF YB-2 (listado como YC-1). Fabricação nacional. Foto: Jonas Martins, 2008. |
OUTROS VEÍCULOS/EQUIPAMENTOS
| Guindaste. Fabricado pela Lancaster Carriage & Wagon Co., Inglaterra. Foto: Guido Motta. |
| Auto de Linha de madeira. Foto: Giovanni Carvalho. |
| Auto de linha (acima). Foto: Welber Santos, 1999. |
| Guindaste (abaixo). Fabricado nos EUA pela Industrial Brownhoist para a E. F. Central do Brasil, rebitolado para 762 mm. Foto: Jonas Martins, 2008. |
LOCOMOTIVAS
| Locomotiva Nº 1 - American Standard. Fabricada por Burnham, Parry, Wlliams & Co. - Baldwin Locomotive Works, EUA, em outubro de 1880. Classe BLW 8-14C 15, serial 5055. Fotos: Railroad Museum of Pennsylvania, Coleção H. L. Broadbelt (alto), PRESERVE-MT. |
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| Locomotiva Nº 19 - renumerada como Nº 22 (1974) - American Standard. Fabricada por Burnham, Wlliams & Co. - Baldwin Locomotive Works, EUA, em julho de 1908. Classe BLW 8-18C 94, serial 32877.O nº original na EFOM era 22. Fotos: Acervo NEOM-ABPF, c.1935 (as duas do alto); Welber Santos (as duas de baixo), 2000 e 2025, respectivamente. Notar a placa de classe BLW (8-18C 94) e teste de pressão. |
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| Locomotiva Nº21 - American Standard. Fabricada por The Baldwin Locomotive Works, EUA, em julho de 1912, Classe BLW 8-18C 101, serial 38008 . O nº original na EFOM era 47. Fotos: Slide à venda no eBay (alto); Fábio Dardes, 1981 (centro); Revista Ferroviária, 2004. |
Locomotiva Nº37 - Ten-wheeler. Fabricada por The Baldwin Locomotive Works, EUA, em outubro de 1911, Classe BLW 10-18D 9, serial 37082. O nº original na EFOM era 39, renumerada como 107 e depois 37. Fotos: Railroad Museum of Pennsylvania, Coleção H. L. Broadbelt (alto); Walter Serralheiro, 1979 (segunda do alto); Welber Santos (as duas de baixo), 2025.![]() |
| Locomotiva Nº38 - Ten-wheeler. Fabricada por The Baldwin Locomotive Works, EUA, em outubro de 1911, Classe 10-18D 10, serial 37083. O nº original na EFOM era 40, renumerada como 108 e depois 38. Fotos: Acervo NEOM-ABPF, c.1940 e 1983 (as duas do alto, respectivamente); Welber Santos, 2025 (as duas de baixo). |
| Locomotiva Nº40 - Ten-wheeler. Fabricada por The Baldwin Locomotive Works, EUA, em julho de 1912, Classe 10-18D 12. O nº original na EFOM era 42, renumerada como 110 e depois 40. BLW 38010. Fotos: Acervo NEOM-ABPF, c.1950 (alto); Carlos Fotos, c.1980 (segunda do alto); Welber Santos, 2025 (as duas de baixo). |
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| Locomotiva Nº41 - Ten-wheeler. Fabricada por The Baldwin Locomotive Works, EUA, em julho de 1912, Classe 10-18D 13, serial 38011. O nº original na EFOM era 43, renumerada como 111 e depois 41. Fotos: Acervo NEOM-ABPF, c.1935 (alto); PRESERVE-MT, 1984 (centro); Hugo Caramuru, 1998. |
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| Locomotiva Nº42 - Ten-wheeler. Fabricada pela Baldwin Locomotive Works, EUA, em julho de 1912, Classe 10-18D 14, serial 38050. O nº original na EFOM era 44, renumerada como 112 e depois 42. Foto: Acervo NEOM-ABPF. Nº43 (abaixo). Fabricada pela Baldwin Locomotive Works, EUA, em julho de 1912, Classe 10-18D 15. O nº original na EFOM era 45, renumerada como 113 e depois 43. BLW 38051. Fotos: Rudolf Gruetter, 1985 (alto); Flávio F. Lage, 1990. |
| Locomotiva Nº43 - Ten-wheeler. Fabricada por The Baldwin Locomotive Works, EUA, em julho de 1912, Classe 10-18D 15, serial 38051. O nº original na EFOM era 45, renumerada como 113 e depois 43. Fotos: Raymond Marsh, 1976 (alto); Acervo de Hugo Caramuru, c.1980 (segunda do alto); Welber Santos, 2025 (as duas de baixo). |
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Locomotiva Nº55 - Consolidation. A atual locomotiva com a matrícula 55 resulta da fusão de três outras locomotivas baixadas. São elas as de nºs 63, 55 e 70. De cada uma ela herdou uma parte. Da nº 63, herdou a caixa de fumaça e a placa serial; da nº 55, herdou o conjunto mecânico motriz; da nº 70, herdou a caldeira e a cabine de ferro de tosco acabamento. Fotos: Charles Small, 1972 (alto); Guido Motta, 1974 (segunda do alto); Guido Motta, 1972 (terceira do alto); PRESERVE-MT, 1984. Locomotivas originais que formaram a atual nº 55: Locomotiva Nº 63. Fabricada por Burnham, Parry, Williams & Co. Baldwin Locomotive Works, EUA, em dezembro de 1889, classe BLW 10-20E 4, serial 10497, nome: "Piumhy". Locomotiva Nº 55 original. Fabricada por Burnham, Williams & Co. Baldwin Locomotive Works, EUA, em setembro de 1892, classe BLW 10-10/22E 4, serial 12934, nome: "Albadia". Locomotiva Nº 70. Fabricada por Burnham, Williams & Co. Baldwin Locomotive Works, EUA, em outubro de 1894, classe BLW 10-12/24E 7, serial 14135, nome: "Marcos Castro". |
Locomotiva Nº58 - Consolidation. Fabricada por Burnham, Williams & Co. Baldwin Locomotive Works, EUA, em novembro de 1893, Classe 10-10/22E 7, serial 13829, nome: "Paraopeba". O nº original na EFOM era 29, renumerada como 208 e depois 58. Fotos: James "Jim" Livesey, 1976; Jonas Martins, 2008.
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| Locomotiva Nº60 - Consolidation. Fabricada por Burnham, Williams & Co. Baldwin Locomotive Works, EUA, em novembro de 1893, Classe 10-10/22E 10, serial 13832, nome: "Randolpho Paiva". O nº original na EFOM era 32, renumerada como 210 e depois 60. Fotos: Charles Small, 1972 (alto); PRESERVE-MT. Notar, na imagem de baixo, a presença de Sérgio Santos Morais (PRESERVE) em companhia do maquinista Claudemiro Oliveira (primeiro plano). |
| Locomotiva Nº62 - Consolidation. Fabricada por Burnham, Williams & Co. Baldwin Locomotive Works, EUA, em novembro de 1893, Classe 10-10/22E 9, serial 13831, nome: "Afonso Penna". O nº original na EFOM era 31, renumerada como 212 e depois 62. Fotos: Acervo NEOM-ABPF, c.1945 (alto); Acervo NEOM-ABPF, 1976 (centro); Welber Santos, 2022. |
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| Locomotiva Nº68 - consolidation. Fabricada por The Baldwin Locomotive Works, EUA, em dezembro de 1919, Classe 10-20E 21, serial 52256. O nº original na EFOM era 56, renumerada como 221 e depois 68. É provável que tenha sido originalmente concebida para uma ferrovia cubana, onde se encontram várias idênticas. Fotos: The Baldwin Locomotive Works (BALDWIN LOCOMOTIVE WORKS, THE. A “Baldwin” no Brasil (1862-1922). Philadelphia, USA: BLW, 1922, p. 44) (alto); Acervo NEOM-ABPF, 1976; Hugo Caramuru, 1998. |
| Locomotiva Nº69 - Consolidation. Fabricada por Burnham, Williams * Co. Baldwin Locomotive Works, EUA, em outubro de 1894, Classe 10-20E 10, serial 14134.. O nº original na EFOM era 33, renumerada como 217 e depois 69. Fotos: Guido Motta, 1974 (alto); Welber Santos, 2025. Notar sinais de canibalismo de peças do compressor Westinghouse. |
MATERIAL RODANTE DE BITOLA MÉTRICA
Carro Administração O-151. Construído nas oficinas de Cruzeiro da Rede de Viação Sul Mineira, único exemplar da série preservado. Foto: Hugo Caramuru, 1998.
| Carro Dormitório Administração FNB-844417-2E. De origem desconhecida, raro exemplar. Foto: Welber Santos, 2004. Notar a matrícula que obedece ao RFFSA-SIGO. |
| Carro Dormitório Administração PL-101. Fabricado pela American Car & Foundry Co. de Nova Iorque, EUA, para a Rede de Viação Sul Mineira. Foto: Acervo NEOM-ABPF e American Car & Foundry Co., respectivamente. |
| Carro Fúnebre Z-10. Construído nas oficinas de Cruzeiro da Rede Sul Mineira. Foto: Hugo Caramuru, 1998. |
| Carro Administração O-104. Fabricado nas oficinas de Curvelo da E. F. Central do Brasil. Foto: Hugo Caramuru, 1998. |
| Locomotiva nº307 - Pacific. Fabricada por Berliner Maschinenbau-Actien-Gesellschaft (BMAG) vulgo L. Schwartzkopff, para a Rede de Viação Sul Mineira. Foto: Hugo Caramuru. |
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Guindaste a vapor. Fabricado por Industrial Brownhoist, EUA, para a E. F. Central do Brasil. Foto: João Marcos "Jones", 2011.
PS: Não há imagens de todos os veículos, entretanto, há uma fotografia de cada tipo, permitindo a identificação de origem/fabricante pelo design.
[1] http://www.oestedeminas.org/2012/09/locomotivas-vapor-articuladas-o-sistema.html, visitado em 18/3/2013.
[2] Ente 2006 e 2011, o carro de matrícula RB-15 se desmanchou pelo efeito do tempo, devido à omissão dos responsáveis pelo museu. Cf. http://trilhosdooeste.blogspot.com.br/2012/07/como-construir-ruinas-o-caso-do-carro.html, visitado em 18/3/2013.






































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