sábado, 9 de outubro de 2010

Ando meio bitolado

Não, não é um trocadilho com aquela música dos Mutantes. Este texto é apenas a tentativa de explicar para alguns amigos mais bitolados o que quer dizer bitola no vocabulário ferroviário.
Em minha formação acadêmica em História, me deparei com alguns professores, pesquisadores e colegas completamente ignorantes sobre o termo. Não é para menos, a formação do pesquisador exige um grau de “bitolação” temática bastante que torna o sujeito um tanto monográfico. Claro que isso é também uma autocrítica, já que me especializei na pesquisa sobre as estradas de ferro e sua relação com sociedade, cultura e economia oitocentistas.
No processo de formação da economia contemporânea no mundo, e, consequentemente, no Brasil, as ferrovias receberam papel de grande relevância por se tratar do meio de transporte mais adequado para vencer as distâncias continentais, seja para ligar as áreas de plantation de café e cana-de-açucar aos portos, ou mesmo no reforço do mercado interno e da "modernização" viária de maneira geral, paralelamente a um forte apelo imagético.
Ligado aos temas economia e capital social, a distância entre os trilhos adotada pelas ferrovias é um assunto bastante interessante para se discutir, mesmo que no primeiro momento pareça uma bobagem. Tanto é que, na diretoria da E. F. Dom Pedro II/Central do Brasil, houve acalorado debate sobre a questão da bitola a se adotar para as linhas em construção. Surgiu a guerra entre os larguistas e os estreitistas.
Os visitantes deste quase abandonado blog não familiarizados com o mundo dos trilhos, a todo tempo deparam-se com o termo bitola ou "bitolinha". Como o blog iniciou suas atividades em torno do universo da Estrada de Ferro Oeste de Minas, em especial, e até agora quase exclusivamente, o da malha em bitola de 760 mm (ou 76 cm), fiquei devendo um post sobre este pequeno e essencial detalhe.

Neste gráfico, temos a bitola padrão brasileira, 1.600 mm (5 pés e 3 polegadas); a mais utilizada, 1.000 mm (3 pés, 3 polegadas e 3/8) e pelo menos duas mais estreitas que sobreviveram durante o século XX, 600 mm (1 pé, 11 polegadas e 5/8) e 762 mm (2 pés e meio).
 
Em Antônio Carlos, MG, antiga Sítio - originalmente parte do município de Barbacena - há uma locomotiva e um carro de madeira representados como monumento para fixar a memória do marco zero da Estrada de Ferro Oeste de Minas. Nesse local, lê-se, em letras pintadas sobre o carro: "A MAIS ESTREITA ESTRADA DE FERRO DO MUNDO 76 CM". Essa frase é muito mais o desejo comum de ostentar ser ou ter alguma coisa especial do que em fatos verificáveis. Não apenas a bitolinha de 76 cm não é a mais estreita do mundo como ela sequer é a mais estreita do Brasil, onde houve e ainda há ferrovias com a largura de 60 cm (600 mm ou 2 pés), uma delas até bem conhecida através da letra de uma música de Adoniran Barbosa, cujo personagem morava em Jaçanã, uma das estações do antigo Tramway da Cantareira. Também, não era a única nem do mundo, nem da América, nem do Brasil e, nem mesmo de Minas Gerais.

Carro monumento, em Antônio Carlos, que marca o ponto inicial da linha da EFOM em bitola de 760 mm. Foto do jornal Vertentes das Gerais.

Voltando ao assunto, temos um problema de ordem semântica. O prefixo, sufixo ou radical "ferro" só aparece no referente às estradas sobre trilhos na adaptação de railway ou railroad para as línguas não inglesas. Em francês chemin de fer, em espanhol ferrocarriles, em romeno cale ferată, em italiano strada ferrata e em português estrada de ferro. Na língua alemã, essa lógica se repete em eisenbahn: eisen (ferro), bhan (trilho, caminho, curso, estrada). Em russo, temos zheleznaya (ferro) doroga (estrada). Apenas para ficar em alguns exemplos mais próximos.
Railway se refere a estradas sobre trilhos, e trilhos em si não são necessariamente de ferro ou aço, o que possibilita se falar da origem das estradas por trilhos (railways) ainda na Antiguidade.
O ferro só começou a ser utilizado para os trilhos nas pequenas ferrovias de minas de carvão, ainda com tração animal, e daí que variam os termos nas línguas supracitadas que possuem "ferro" como parte na construção das palavras.

Neste gráfico, temos a bitola adotada como padrão global, standard gauge, de 1.435 mm (4 pés, 8 polegadas e 1/2).

A bitola padrão no mundo (standard gauge), segundo uma lenda muito difundida, equivale mais ou menos à largura das estradas romanas, que, por sua vez, equivaliam à largura de duas ancas de cavalo. Ou seja, até hoje, por esse viés, os milhares de cavalo-vapor (HP-horse power) das locomotivas de todo tipo andam sobre trilhos que se separam pela distância de duas bundas equinas.
Lendas à parte, a questão é que, devido à morfologia das primeiras locomotivas a vapor na primeira metade do século XIX, as primeiras ferrovias foram construídas com distância entre os trilhos de maior vulto. A bitola larga é de utilização mais antiga do que a estreita, devido ao formato em que as rodas se portavam externamente, com a estrutura formando um berço para sustentar a caldeira. No decorrer do desenvolvimento das máquinas, com o aumento da altura da caldeira e a reestruturação do mecanismo de sustentação e tração das locomotivas, pôde-se aproximar os trilhos tornando a via mais estreita.

Esta imagem ilustra bem a diferença da capacidade da via férrea de acordo com a bitola da via. Duas ferrovias paralelas em bitolas distintas. A da esquerda em bitola de 2 pés (600 mm) e a da direita em bitola standard (4 pés e 8 polegadas e 1/2 ou 1.435 mm). Bridgton Junction yard em Hiram, Maine, A "bitolinha" é da Bridgton and Saco River RR e a "bitolona" da Maine Central RR. Foto de Gordon MacLeod.

A escolha da bitola a ser adotada pelas ferrovias variavam por alguns critérios, entre eles podemos destacar: a economia da construção; o volume de passageiros e cargas a serem transportados; a distância a ser vencida pela estrada; o relevo a ser percorrido de acordo com o raio mínimo das curvas, a velocidade máxima possibilitada, etc.
Costumava-se preferir as bitolas mais estreitas para ferrovias de pequeno porte e tráfego mais tímido e que vencessem terrenos mais irregulares com a tentativa de evitar pontes, viadutos e, principalmente, túneis. Pessoalmente, achei de grande acerto a opção tomada pelo engenheiro Joaquim Lisboa quando da construção do trecho entre Sítio e São João del-Rei.
O contrato com o governo provincial previa a construção da ferrovia em bitola estreita, não especificando exatamente qual seria a medida. A escolha da bitola de 762 mm (2’6”) deu margem a protesto do governo em Ouro Preto. Como naquela época já era comum a bitola estreita adotada ser a de 1.000 mm (métrica), a presidência da província argumentava que devia repassar apenas o valor equivalente a 76 % dos 9:000$000 (nove contos de réis) por quilômetro construído.[1]
Por padrão, desde a incorporação da E. F. Dom Pedro II, ficou estabelecida a bitola de 1.600 mm como a preferida para a bitola larga e 1.000 mm para a estreita, o que não impediu uma variação maior nas medidas.

Lista das ferrovias do Brasil e a bitola de cada uma entre 1854 e 1884

Estradas de Ferro Ano Bitola (em metros)
E. F. Mauá 1854 1,67
E. F. Dom Pedro II (E. F. Central do Brasil) 1855 1,60
E. F. Recife ao São Francisco 1858 1,60
E. F. da Baía ao São Francisco 1860 1,60
E. F. Recife a Caxangá 1867 1,20
E. F. Santos a Jundiaí 1868 1,60
E. F. Recife a Olinda 1870 1,40
E. F. União Valenciana 1871 1,10
Companhia Paulista de E. F. 1872 1,60
E. F. Paraná 1872 1,00
E. F. Ituana 1873 1,00
E. F. Campos a São Sebastião 1873 0,95
E. F. Leopoldina 1873 1,00
E. F. Macaé a Campos 1875 0,95
E. F. Niterói a Macaé 1874 1,10
Companhia Mogiana de E. F. 1875 1,00
E. F. Sorocabana 1875 1,00
E. F. Central da Bahia 1875 1,06
E. F. Nazaré 1875 1,00
E. F. São Paulo Rio 1875 1,00
E. F. Oeste de Minas 1881 0,76
E. F. Santa Isabel do Rio Preto 1881 1,00
E. F. Santana 1883 1,00
E. F. Dona Teresa Cristina 1883 1,00
E. F. Vassourense 1884 0,60
E. F. Minas e Rio 1884 1,00
SANTOS, Welber. A Estrada de Ferro Oeste de Minas: São João del-Rei (1877-1898). Dissertação de Mestrado. Mariana, MG: ICHS/UFOP, 2009, p.105.

A maioria das linhas das companhias da lista acima teve a bitola alterada para 1.000 mm e, ao final das contas, o resultado foi a malha ferroviária comum (quer dizer, não contando sistemas de bondes, metrôs, VLT e outros urbanos, metropolitanos e de subúrbio) dividida em quatro bitolas distintas: 600 mm; 760 mm, 1.000 mm e 1.600 mm.
As estradas de ferro em bitola abaixo de 1.000 mm foram praticamente extintas no sistema atual, sendo a malha do Brasil dividida entre a bitola métrica e a larga. As poucas ferrovias com bitolas diferentes, como, por exemplo, a Estrada de Ferro Jari, no Pará, e a Estrada de Ferro Amapá, obviamente no Amapá, ambas em bitola standard, serão desconsideradas tanto por sua incidência nula no sistema como um todo quanto por estarem desativadas, ou praticamente desativadas.
A quebra de bitola é um fator que cria sérias dificuldades de integração entre várias regiões, exigindo a baldeação de mercadorias em vários pontos, o que encarece bastante a utilização da estrada de ferro.
Em vários lugares as linhas em bitolas diferentes se encontram. São até comuns os trechos em bitola mista, com a utilização de quatro ou três trilhos.

Maquete de Don Niday, onde o autor quis demonstrar a utilização de duas bitolas distintas em escala. É visivel a diferença no porte dos vagões de acordo com a bitola.

A capacidade de transporte das vias mais largas é nitidamente maior do que das vias estreitas. E essa capacidade que varia com o elemento técnico deve ser considerada pelo historiador da economia que vá se debruçar sobre o período referente ao surto ferroviário do século XIX.
Uma comparação pertinente, na década de 1880, seriam as estradas de ferro Oeste de Minas e Minas & Rio. A primeira, usufruindo dos 9 contos de subvenção por quilômetro, viu esta cifra representar quase metade do que gastou na construção da via. O valor total por quilômetro ficou em 21:850$000(21 contos e 850 mil réis), ou seja, o governo ficou responsável por 41,18% do total dessa quantia. Se a Minas & Rio, que optou pela bitola métrica, adotasse também a subvenção de 9 contos/km, não teria a mesma sorte que a Oeste, já que teve um gasto muito superior por quilômetro construído, exatamente 91:148$548 (91 contos, 148 mil e 548 réis), em que os 9 contos representariam apenas 9,87% dos gastos, o que tornou a garantia de 7% muito mais interessante para esta.

Para além de vermos que o Rio Grande foi testemunha de vários acidentes, como este envolvendo uma Northen (4-8-4) GELSA, a famosa “Francesona”, podemos ver a bitola mista em três trilhos. 1,00m por fora e 0,76m por dentro. Via da Rede Mineira de Viação proveniente da E. F. Oeste de Minas. Foto: Acervo NEOM-ABPF.

A Denver & Rio Grande Western Railroad teve experiência semelhante à da Oeste de Minas, e teve linhas tanto em bitola de 3 pés (914 mm) quanto em standard (1.435 mm), como pode-se ver trecho em dual gauge na fotografia de Drew Jacksich. (Para o maluco que quer saber que locomotiva é essa, sim, é uma K-37)

Num acidente em San Francisco, vê-se uma locomotiva com três pontos de engate do tipo link n’pin para manobrar carros e vagões de três bitolas diferentes. Foto de G.K. Gilbert.

Trecho em bitola mista (1.000 mm por dentro e 1.600 mm por fora) no estado de São Paulo, operado pela ALL (atual Rumo Logística) e pela FCA (atual VLI). Foto de Lucas MR.

Referências bibliográficas: 
PUFFERT, Douglas J. "The Standardization of Track Gauge on North American Railways, 1830-1890". IN: The Journal of Economic History, Vol. 60, No. 4, (Dec., 2000), pp. 933-960. Stable URL: http://www.jstor.org/stable/2698082 (acesso apenas por universidades)
SANTOS, Welber. A Estrada de Ferro Oeste de Minas: São João del-Rei (1877-1898). Dissertação de Mestrado. Mariana, MG: ICHS/UFOP, 2009.
VAZ, Mucio Jansen. Estrada de Ferro Oeste de Minas – Trabalho histórico-descriptivo, 1880-1922. São João del-Rei: EFOM, 1922.
WIKIPÉDIA: railway gauge http://en.wikipedia.org/wiki/Track_gauge

[1] As companhias que obtinham concessões provinciais deviam optar ou pela garantia de juros de 7% ou pela subvenção quilométrica de 9 contos de réis.

2 comentários:

Leoni disse...

Existem atualmente no Brasil no mínimo 8 bitolas ferroviárias, que são:
I -1,60m Na região sudeste SP, MG, RJ e em expansão pela Valec.
II -1,43m Ferrovia isolada Amapa-AP, linhas 4 e 5 metro de SP e metro de Salvador-BA (em implantação) ~210 km.
III-1,35m Bonde de Santos-SP turístico (Única no mundo).
IV- 1,10m Bonde Santa Teresa-RJ turístico/passageiros.
V - 1,00m Em praticamente todo território+bonde E.F.Corcovado-RJ e E.F. Campos do Jordão-SP turísticos.
VI- 0,80m Locomotivas Krauss da antiga Cia Docas de Santos.
VII- 0,76m Ligação São João Del Rey-Tiradentes-MG turístico.
VIII-0,60m Trecho Pirapóra-Perus-SP turístico (em restauração).
Destas, apenas a de 1,0 m com 23.678 km (73%) e a de 1,6 m com 6.385 km (27%) já inclusos os 510 km de mistas são relevantes, conforme dados da ANTT de setembro de 2011.
O governo federal tem acenado com muitos projetos utilizando trens de passageiros convencionais regionais em média velocidade max. 150 km/h como SP-Campinas, SP-Sorocaba, SP-Vale do Paraíba, SP-Santos,
(Com cremalheira), utilizando parte da estrutura existente, semelhante projeto em curso na Argentina, numa expansão gradual e econômica,
porem nenhuma teve prosseguimento, pois seria uma forma prática de se demonstrar ao governo federal de como se é possível implantar
de forma gradativa, um trem de passageiros de longo percurso com custo, manutenção e tempo de implantação extremamente menor em relação ao TAV.
Entendo que deva haver uma uniformização em bitola de 1,6 m para trens suburbanos de passageiros e metro, e um provável TMV no Brasil,
e o planejamento com a substituição gradativa nos locais que ainda não a possuem, utilizando composições como destas 12, (36 unidades)
em que a CPTM colocou em disponibilidade em cidades como Teresina-PI, Natal-RN, Maceió-AL, João Pessoa-PB, Salvador–BA operadas que ainda as utilizam em bitola métrica, com base comprovada em que regionalmente esta já é a bitola nas principais cidades e capitais do Brasil, ou seja: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, e Curitiba (projeto), e que os locais que não a possuem, são uma minoria, ou trens turísticos.
Quanto aos desgargalamentos, entendo que deva investir urgentemente para construir o rodoanel, juntamente com o ferroanel norte e leste por questão de menor custo, alem de se reservar as últimas áreas periféricas paralelas disponíveis para estações ferroviárias em SP, como o:
I ª Pátio do Pari,
II ª Área entre a estação da Luz e Júlio Prestes (Bom Retiro) no antigo moinho desativado, e recentemente demolido.
III ª Cercanias da estação da Mooca até a Av. do Estado na antiga engarrafadora de bebidas desativada no município de São Paulo.
Notas:
1ª A bitola métrica existe em 39 países, sendo que na América do Sul que é o que importa, ela esta presente nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile e Uruguai (mista 1,43 + 1,0m em implantação).
O Brasil tem fronteiras terrestres com dez países, sendo que a integração com o Chile se faz via Argentina.
2ª São seguintes as bitolas na Argentina em (km); 1ª 1,676 m- 23.191, 2ª 1,0 m- 13.461, 3ª 1,43 m- 3.086, 4ª 0,75 m- 823. Portanto, fica comprovado,
que como no Brasil, a bitola de 1,43 m é minoritária, com somente 8% de participação.
3ª Em nenhum dos principais países Sul Americanos a bitola de 1,43 m é majoritária e o modelo de trem rápido de passageiros a ser adotado pela Argentina é o TMV aproveitando parte da estrutura existente, semelhante ao projeto do governo paulista para trens regionais.
4ª A Índia, não é só a segunda maior população do mundo, como a segunda maior rede ferroviária ou seja em (km),1ª 1,676m ~90.000, 2ª menor que 1,0m ~3.350. Portanto muito maior do que a soma de Argentina, Brasil, Chile e Uruguai juntos, sem um único km em 1,43m!!!
(continua)

Leoni disse...

(continuação)
5ª A bitola larga permite que se utilize a largura máxima padronizada para vagão de passageiros conforme gabarito, é de 3,15 m (Composições Budd), sendo que a Supervia-RJ esta tendo que cortar parte das plataformas para se adaptar as novos trens, enquanto a CPTM-SP que já á possui para este valor, quer prolongar em ~ 9 cm, pois as composições recebidas como doação da Espanha além de outras que não as Budd ter que trafegar com plataformas laterais no piso em frente as portas de ambos os lados, pois são mais estreitas, criando um vão entre trem e plataforma em ambos os lados.
6ª Padronizar gabarito de composições assim como forma de alimentação elétrica se terceiro trilho ou pantógrafo catenária é tão importante quanto a bitola, isto faz com que se tenha a flexibilidade das composições trafegar em qualquer local do país, sem que sejam feitas adaptações.
7ª Para visualizar e comprovar através de uma planilha de comparativo de custos de materiais ferroviários de que a diferença de valores entre as bitolas de 1,43m e 1,6m é mínima, veja: http://www.marcusquintella.com.br, entre outras, e esta tem uma explicação lógica, pois o que muda é somente o truque, pois o vagão, o gabarito e os demais equipamentos são exatamente os mesmos.
8ª Os custos de implantação e manutenção do TAV (acima de 250km/h) aumentam significamente em progressão geométrica em relação a trem de passageiros convencional para um mesmo percurso.
9ª São seguintes as dimensões de áreas úteis para vagões cargueiros, métrica: 2,2 x 14,0m = ~30,8 m², larga 3 x 25m= ~75 m², Significando que com a larga, é possível carregar até dois contêineres, ou dois caminhões ou vários automóveis em duas plataformas (cegonheiras) como já existiu no passado pela “Transauto”.
10ª Assim como acontece em outros segmentos industriais, a padronização e uniformização de materiais ferroviários, constitui-se num fator gerencial importantíssimo com relação a logística, racionalização e minimização de estoques e custos com sobressalentes, máquinas auxiliares e composições reservas.