Desde 2010 a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), uma entidade sem fins lucrativos fundada em 1977, destinada a salvar o patrimônio ferroviário de valor histórico ameaçado de sucateamento pelas então Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), e a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) negociam a realização de convênio no sentido de levantar e organizar dados sobre os bens móveis e imóveis pertencentes à extinta RFFSA.
Neste mês, outubro de 2012, o processo alcançou um status mais avançado com a assinatura das partes envolvidas.
Segue texto de Lourenço Paz referente ao ato, encontrado no ABPF Boletim, Ano X, nº 115, Set. 2012:
"O diretor-geral em exercício da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Dr. [sic] Ivo Borges, esteve na sede nacional da ABPF, na estação de Anhumas em Campinas-SP, onde assinou o Convênio de Cooperação Técnica com a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) para levantar o patrimônio histórico das ferrovias brasileiras.
O convênio, denominado “Projeto Trens do Brasil” tem por objetivo levantamento, identificação, documentação e cadastro de material rodante, oficinas e rotundas de valor histórico existentes no Rio Grande do Sul, como ponto de partida. Essa forma de cooperação faz parte das atribuições da ANTT e tem por objetivo contribuir para a preservação do patrimônio histórico e da memória das ferrovias existentes no Brasil.
'É o primeiro convênio nesse sentido feito pela ANTT, que reveste o fato de importância histórica na preservação da memória ferroviária', enfatizou Ivo Borges.
'É o primeiro convênio nesse sentido feito pela ANTT, que reveste o fato de importância histórica na preservação da memória ferroviária', enfatizou Ivo Borges.
A Lei 10.233 de 2001 dispõe que a agência faça esse tipo de convênio para cooperação com instituições culturais com o objetivo de preservação do patrimônio histórico das ferrovias. Caberá à ABPF promover o levantamento (trabalho de campo) em toda a malha ferroviária que pertenceu à antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA).
O resultado desse levantamento servirá de base para futuros projetos de intervenção destinados à preservação, revitalização e valorização desse patrimônio. Os dados colhidos serão também destinados à divulgação do acervo da malha ferroviária brasileira, do século 19 à primeira metade do século 20, por meio de sítio a ser criado na internet ou outras formas de divulgação.
Participaram do ato de assinatura do convênio, além do diretor da ANTT, Hélio Gazetta Filho, presidente da ABPF, e Geraldo Godoy, da assessoria da entidade. Após a cerimônia de assinatura, os presentes fizeram o percurso de 20 km (ida e volta) da estação de Anhumas até Tanquinho (entre Campinas e Jaguariúna), utilizando um trem turístico que foi reformado pela ABPF. A locomotiva a vapor utilizada no percurso foi a 215 (Baldwin, 4-6-0, ano 1912) e o carro CA-35, recentemente reformado, construído em 1950 na antiga E.F. Noroeste do Brasil."
O resultado desse levantamento servirá de base para futuros projetos de intervenção destinados à preservação, revitalização e valorização desse patrimônio. Os dados colhidos serão também destinados à divulgação do acervo da malha ferroviária brasileira, do século 19 à primeira metade do século 20, por meio de sítio a ser criado na internet ou outras formas de divulgação.
Participaram do ato de assinatura do convênio, além do diretor da ANTT, Hélio Gazetta Filho, presidente da ABPF, e Geraldo Godoy, da assessoria da entidade. Após a cerimônia de assinatura, os presentes fizeram o percurso de 20 km (ida e volta) da estação de Anhumas até Tanquinho (entre Campinas e Jaguariúna), utilizando um trem turístico que foi reformado pela ABPF. A locomotiva a vapor utilizada no percurso foi a 215 (Baldwin, 4-6-0, ano 1912) e o carro CA-35, recentemente reformado, construído em 1950 na antiga E.F. Noroeste do Brasil."
Estação de Carlos Gomes da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Foto: Thomas Corrêa. |
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