terça-feira, 3 de abril de 2012

A volta da EMD

Depois de um período devastador no setor ferroviário brasileiro, com a quase paralização total da indústria ferroviária, devido ao sucateamento pelo qual passaram as duas maiores empresas de estradas de ferro do país (RFFSA e FEPASA), entre as décadas de 1970 e finais da de 1990, além da preferência das concessionárias pós-privatização (reconcessão) por adquirir novas locomotivas no mercado externo, principalmente, na maior parte usadas de companhias estadunidenses, uma nova fábrica da Electro Motive Diesel começa a sair do papel em Sete Lagoas, MG.
Devido ao novo surto ferroviário brasileiro - o primeiro foi no século XIX - devido à tardia descoberta de que esse é o transporte não apenas do passado, mas também do futuro, a Caterpillar resolveu, através de sua subsidiária Progress Rail, da qual faz parte hoje a EMD, até anos atrás pertencente à GM, abrir uma planta no Brasil para a montagem de locomotivas diesel-elétricas para atender a atual expansão e renovação do quadro ferroviário no Brasil e na América Latina.
O que esperamos com isso é que se nacionalize o máximo possível de componentes e os linkages sejam interessantes para a expensão do quadro de empregos diretos e indiretos.
Outra esperança é a ampliação do uso do transporte ferroviário para produtos de maior valor agregado, tais como conteineres e automóveis.


Geração 567: EMD SD18, de 1800hp, 1960. Foto de Nicolas Fagundes.

Geração 645: EMD SD40-2, ed 3000hp, 1972. Foto de Michael R. Silva.

Geração 710: SD70M, de 4300hp, 1992. Foto de Cristiano Oliveira.

Ainda na Geração 710: SD70Ace, de 430hp, corrente alternada (AC), 1997. Foto de Chase Gunnoe.
Os prováveis modelos a serem montados no Brasil, devido ao perfil heavy haul de transporte de commodities que temos, são SD70M (não mais produzido para o mercado doméstico dos EUA mas extemporaneamente produzido para a Estrada de Ferro Carajás da Vale do Rio doce), SD70MAC (ainda inédito no Brasil, mas possível pelo fato de atender às exigências brasileiras e ser membro do grupo de AC), SD70M-2 (atual substituto das SD70M) e SD70ACe (o atual modelo de frente da EMD).

Outra possibilidade, mas até agora exclusivo para a EFC, é o modelo SD80Ace, que utiliza uma versão de 20 cilindros do motor diesel da série 710. Acredito que este seja uma opção exclusiva da ferrovia de bitola larga da Vale do Rio Doce.

Geração 710, por enquanto exclusivo para a EFC: EMD SD80ACe, 2011. Foto de bjdouglas.

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