De 1887 até 1984 a linha tronco da E. F. Oeste de Minas possuía a sequência que, se em 1887 expandiu a área urbana no sentido Noroeste do município, hoje muitos nem sabem que foi aberto pela via férrea.
Na virada do século XIX para o XX foi gerada, paralelamente à linha, a avenida que, mais tarde, homenagearia o construtor Joaquim Leite de Castro, empreiteiro de ascendência portuguesa, responsável pela construção de boa parte das linhas da Oeste.
Uma das razões do humilde “brogue” é compartilhar imagens de um passado nem sempre distante, mas por vezes já apagado da memória de muitos, e desconhecido para os que chegaram mais tarde.
Enquanto o rabo do trem se aprochega ao portão para sair do Complexo Ferroviário na extinta saída para o oeste, o bico da composição já vai lá adentrando o canteiro central da Av. Leite de Castro, 1979. Foto: Herbert Graf.
Em 1981 a locomotiva RFFSA 37 chegava arrastando um trem de calcário e de reboque a RFFSA 21, na imagem a composição passa em frente ao Seminário Diocesano, atualmente Colégio Revisão. Foto: Acervo NEOM-ABPF.
Aqui, em 1982, de novo a RFFSA 37 passando com o misto sobre a passagem de nível que existiu no cruzamento da Av. Leite de Castro com a Rua Frei Cândido (Rodoviária-Dom Bosco). Foto: Acervo NEOM-ABPF.
Um misto com carregamento de cimento encabeçado pela VFCO 39, por volta de 1977, na mesma posição da foto anterior, do ângulo direito. Foto: Benito Mussolini Grassi.
Trem com a RFFSA 40, passando em frente ao Cemitério do Quicumbi, 1982. Foto: Acervo NEOM-ABPF (recorte de jornal).
Em frente á E. E. Aureliano Pimentel havia uma passagem de nível, como se vê no “flagrante delito” da RFFSA 41 num tres especial de 1980. Foto: Acervo NEOM-ABPF.
Chegada de um trem puxado pela RFFSA 41 vindo de Aureliano Mourão em 1981. Foto: Acervo NEOM-ABPF.
O maquinista da VFCO 42, meu tio Sebastião, nos cedeu esta imagem do trem chegando na altura da fábrica Brasil, quase mesma posição da foto anterior, em 1978. Foto: Acervo NEOM-ABPF.
RFFSA 43 entre a Av. Leite de Castro e o pontilhão sobre o Córrego do Lenheiro, antes de passar pelo portão do Complexo Ferroviário. Foto: Acervo NEOM-ABPF.
VFCO 66, chegando de Aureliano Mourão, na altura da antiga Casa Bassi, se fosse hoje ela passaria por cima do trailer da Avalanche. Foto: Acervo NEOM-ABPF.
E, em 1976, a VFCO 68 fazia um trem especial, e passava em frente à Fábrica São-Joanense. Km100 da Oeste. Foto: Benito Mussolini Grassi.
6 comentários:
CARAMBA, SOU UM FANATICO POR TRENS, NAO CHEGUEI A CONHECER ESSA PARTE DE QUANDO A MARIA FUMAÇA PASSAVA NA AV. LEITE DE CASTRO, MAS FICO ADMIRADO COM ESSAS FOTOS, LINDAS.
PARABÉNS PELO BELO BLOG.
Gracias, hermano!
Essa postagem é uma daquelas que a gente fica sem palavras pra descrever,eu nasci em maio de 1984 e em dezembro já não tinha mais nada,eu sempre soube que o trem não ia só até Tiradentes mas nunca tinha visto nenhuma foto fora desse trecho e agora cada vez que vejo uma foto nova(velha)da linha antiga me sinto feliz e revoltado ao mesmo tempo,feliz por saber que muitos foram contra a erradicação da linha e conservam a história em fotos,casos,vídeos,etc...e revoltado por terem erradicado mesmo diante de vários pedidos na época,como o do Benito Grassi que solicitou que fosse mantido também o trecho até a Fazenda do Pombal,se tivesse sido atendido ainda teríamos a linha do "Bairro das Fábricas",há Welber por acaso você tem alguma foto que mostra a linha da Leite de Castro na altura da ponte do bezerrão,eu sempre quis saber como a linha saía da avenida.
Valeu mais uma vez!
Thiago, a linha "do sertão", como chamavam esse trecho, seguia a rua que bifurca com a rodovia na direção do CTAN, que passa ao lado do campo de futebol. Foto ainda não consegui, mas dá pra caminhar pelo antigo leito.
Oi Weber adorei seu blog e também sou apaixonada pela história de São João del-Rei, será que você não teria uma foto do trem passando em frente a atual Cacel, antes da Cacel, até 1939 mais ou menos existia o Liceu de Artes e Ofícios de São João del-Rei e eu adoraria ver uma foto do prédio naquela época.
Obrigada! Abraços, Michele
Michele, farei uma busca nos arquivos. Se encontrar, te envio.
Abraços,
Welber
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